Foto: Marina em procedimento cirúrgico, dia 22.09.2010
Um é pouco, dois é bom, três é demais? Pra Marina, não mesmo. Foram 4 cirurgias até que terminássemos a maratona de procedimentos cirúrgicos.
Dia 08 de setembro, já pertinho dos 4 meses, começamos pelo olhinho esquerdo. A solução para ela, em razão da catarata, era retirar o cristalino de ambos os olhos, porque estavam manchados e impediam a passagem de luz.
A idéia da cirurgia era a de liberar o campo visual, para que o cérebro, responsável pelo armazenamento das imagens captadas pelo olho, fosse perfeitamente estimulado.
Deu tudo certo, com alguma tensão minha e do pai dela por conta da aparência horrorosa que ficou em nossa amadinha. Imagina só olhar pra tua filha e ter a sensação de que ela foi esmurrada?
Esperamos pacientemente por alguns dias até que passasse aquele vermelhão dentro do olhinho e o inchaço da pálpebra, torcendo pra que os medicamentos cumprissem o papel esperado, ou seja, controlar a inflamação e evitar a temida infecção.
Com tudo certo, partimos para a cirurgia do olho direito, dia 22 de setembro (foto). Reprise daqueles dias preocupados, daquele inchaço que a gente só vê em olho de boxeador golpeado, daquela expectativa de que a Marina se recuperasse rápido.
Mais uma vez, nossa pequena Marina mostrou a força que tinha. Com certeza fui eu e o pai dela que sofremos mais, apavorados com todos os riscos que envolviam as cirurgias e o pós-cirúrgico. Ela, pelo contrário, sempre mantinha a carinha de paisagem...
E depois de um mês, numa das consultas de revisão com a oftalmologista, nossa pequena Marina nos surpreendeu com algo que eu já não esperava mais: uma nova catarata.
Mas como? Depois de tanto tempo? Sim, era possível, e estava cotado dentre os riscos do pós-cirúrgico, que é conhecido no meio médico como catarata secundária (basicamente significa ter um nova mancha em outra parte do olho). No caso da Marina, a cápsula posterior do olho direito (a "bolsinha" que deve guardar o cristalino) se amarrotou toda e por isso virou uma mancha no campo de visão.
Era dia 17 de novembro. A corajosa Marina foi-se mais uma vez para o bloco cirúrgico, mais fortinha que antes, porque já tinha 6 meses. Todos do hospital receberam-na carinhosamente, como se fosse uma velha conhecida.
E assim, como se a gente estivesse fazendo uma visita a velhos amigos, encerramos a etapa de intervenção nos olhinhos da Marina.
Até agora não há nenhum sinal de que possamos passar por algum novo susto. Espero que continue assim!
A quarta cirurgia (da laringe) vou falar noutro tópico.
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