domingo, 22 de maio de 2011

O grande dia - PARABÉNS MARINA!

      Dia 11 de maio a Marina completou um ano de vida, e no dia 13 nos reunimos com família e amigos para comemorar. 

      Os registros são muitos, e não teria condições aqui de postar tudo, mas o papai fez uma seleção especial pra baixinha no orkut, que pode ser visto no link (vou inserir). 

      Quero agradecer o carinho de todos, destacando a presença da prima Stephanie, que veio do Rio de Janeiro, da tia Rita e Vanessa, que vieram de Curitiba, da Deise, Anderson e Andrya, que vieram de Canoas, e de todos os amigos e familiares que estiveram neste momento tão especial ao nosso lado, celebrando não só a vida, mas uma história de vitórias, razão pela qual somos muito gratos a Deus por todas as nossas conquistas.

      Deixo uma amostra dos momentos que tivemos ao lado da pequena, convidando-os a participar conosco, ainda que virtualmente, da felicidade de termos a Marina ao nosso lado! 


Uma boa gargalhada

Mexendo nos cabelos da mamãe

A fotinho oficial dos papais e avós

Como a família da mamãe é de longe, 
fica o registro da representante oficial, prima Stephanie

Assoprando a velinha




De pertinho - um olhar 43?

  A Marina já fez vários testes de visão, e num deles (com tapa-olhos, abaixo),  foi muito emocionante ver como ela seguia a prancheta listrada que a oftalmologista movimentava.



   Lógico que a gente só percebe essas sutilezas depois que vive uma situação como a que vivemos com a Marina. Nós saímos de um quarto escuro, sombrio, sem qualquer noção de onde ir, para uma perspectiva de que a nossa baixinha vai conseguir ter uma vida independente, apesar das limitações que a acompanharão ao longo da vida, e que certamente ela estará pronta para enfrentar até lá!

  Prova de que ela está feliz são nossos mais recentes cliques, em que ela já esboça um "olhar 43", deixando o papai e a mamãe super derretidos! Seguem amostras das cenas registradas de nossas lentes:

 Março/2011 - passeando por aí

 Abril/2011 - acordando feliz

Abril/2011 - ah tá, era pra olhar pra câmera..xis!!!

sábado, 21 de maio de 2011

Um ano depois, uma carta



Minha pequena,

Eu não sei quando terás consciência do que escrevo hoje pra ti, mas ao menos quando já conseguires ler, o que espero não seja uma conquista tão distante pra ti, saberás que aqui neste ramalhete de palavras, há em todas elas um amor intenso, que venho regando desde que te concebi, mal sabia eu se eras cravo ou rosa (e como estou feliz de seres meu pequeno botão de rosa!).

Era 27 de abril de 2010 e já estava contigo há um mês saltitando em minha barriga, dentro do hospital, louca pra sair dali e dar as caras, mas pra garantir que não viesses tão cedo fiquei ao lado dos médicos pra conseguir te convencer a esperar um pouquinho mais...






Então vieste ao mundo dia 11 de maio, mas daí já não tinhas pressa alguma, sabias? Não querias te mexer, não querias me olhar, não querias sequer mamar! Fiquei assustada, porque aquela conversa que vinha tendo contigo não deveria ser seguida tim-tim por tim-tim daquele jeito filha!

Perguntei aos médicos porque estavas tão "soneca", e eles me disseram que eras muito, muito pequenina, e que apesar de termos conseguido te convencer a esperar pra sair da barriga da mamãe, ainda era cedo pra te considerar um bebê prontinho.

Por isso te deixamos dentro de um berço super especial por quase 02 semanas, pra poder te esquentar melhor e te cuidar bem de pertinho, sem misturar a sujeira da rua com o teu corpinho super sensível. Era como um ninho, sabes? Mas um ninho transparente, uma idéia genial que os adultos que vestem jaleco branco tiveram (vou te apresentar, pode deixar, já que toda hora visitamos um). Eles chamam esse ninho de incubadora.




Depois que já estavas um pouquinho menos sonolenta foste pra um berço abertinho, e ali, na UTI Neonatal, ficamos por quase 02 meses, porque a mamãe não conseguia te ensinar a mamar direito no peito, apesar de ter bastante leite. 

Mas eu sei que um dia vais entender bem isso. Nenhum bebê nasce com manual de instruções minha baixinha, por isso a mamãe ficava tentando, tentando, tentando te dar o peito...mas não conseguia entender o que estava fazendo errado.

Os médicos resolveram dar uma ajudinha, deixando tua mamãe usar mamadeira também. Daí eu colocava meu leite nas mamadeiras e vivia me assustando com teu jeito de mamar. Não sei se eras gulosa ou atrapalhada, mas toda hora engasgavas e ficavas roxinha...Ô coisa séria...

Eu sei que assim...acabaste aprendendo a mamar na mamadeira, e no peito da tua mamãe ainda não tinhas conseguido aprender tudo. Saiste belíssima do hospital e menos dorminhoca, por isso os médicos pediram pra te ver mais vezes, pra acompanhar teu crescimento e ver como ias ficando mais bonita e mais alerta a cada visita!

Nas visitas que fizemos juntas, os médicos explicaram pra mamãe que ias precisar fazer bastante ginástica e usar brinquedos bem coloridos pra enxergar melhor, mas isso tudo depois de fazer algumas cirurgias. 

Cirurgia é um nome esquisito pra dizer algo bem simples, ou seja, que as pessoas também têm conserto, assim como os brinquedos que o papai já deve ter colado ou colocado no lugar depois de tombar das tuas mãos. 

Sabe filha, a mamãe até tinha medo de cirurgias, porque há muito tempo atrás ela adoeceu, foi fazer uma cirurgia e acabou dormindo demais (os adultos conhecem isso por "coma"). O papai queria conversar com a mamãe, mas a mamãe não acordava, não acordava...até que finalmente a mamãe levantou! Enfim, a mamãe ficou medrosa, mas tudo mudou depois de ti.

Sempre ficavas calminha, sorridente, cheia de certeza de que os consertos que farias seriam rápidos e logo estarias no colo da mamãe. E era tudo verdade mesmo! Vinhas sempre rapidinho pro colo da mamãe, morrendo de saudade, chorando só de fome. Como eu gostava de te apertar no peito e dizer que estava feliz de te ver!

Foi assim que consertamos algumas coisinhas em ti, umas manchinhas nos teus olhos e um pedaço molenga da tua garganta. Se tivesses nascido com manual, eu logo entenderia porque não aprendias a mamar e porque vivias dormindo, sem querer ver as coisas ao redor. Claro, né! Como é que dá pra enxergar direito a rua se está chovendo e a janela de casa está embaçada?

Bom, eu sei que depois das cirurgias tu mudaste muito filha, e eu parecia louca de tanta felicidade com as mudanças que aconteceram, sabes? Começaste a ficar mais tempo acordada, finalmente eu senti que conseguias mamar bem no peito da mamãe, e a ginástica que passaste a fazer diariamente só te deixou mais lindona!


É algo inexplicável o orgulho que tenho de seres minha filha, e de eu ser tua mãe. Já estamos em 2011, e faz um ano que tenho vivido dia após dia uma dúzia de descobertas ao teu lado, e por isso mesmo não mudaria nada em nossas vidas minha pitoca.



De verdade, eu achei que não tinha jeito pra ser mãe, e acho também que muitas pessoas perto de mim guardavam em segredo esta mesma suspeita, sabes? Mas o que ninguém imaginava era que tu conhecerias como ninguém meu coração!

E é ele que me guia florzinha (tum-tum, tum-tum, tum-tum!) em tua direção, como um ímã super-ultra-forte, sempre pra perto de ti. E e assim vou vivendo apaixonadamente cada detalhe das nossas vidas amalgamadas. Explico melhor a última frase depois de leres, tá?

O que importa mesmo é que TE AMO minha gordinha.

Sempre tua,

Mamãe coruja.